Dona de uma das marcas de athleisure mais desejadas, a Balletto, Luciana Mantegazza abre as portas de sua casa e conta detalhes do im&oacute;vel da d&eacute;cada de 1970 onde vive com o marido e a filha

O corpo em movimento est&aacute; em seu DNA. Bailarina cl&aacute;ssica formada pela companhia Cisne Negro e apaixonada por dan&ccedil;a, Luciana Mantegazza transformou esse universo em neg&oacute;cio, e dos mais bem-sucedidos. Ela &eacute; criadora da Balletto, marca-desejo de roupas que seguem o conceito athleisure, que tem como objetivo integrar diferentes momentos do dia a dia da mulher contempor&acirc;nea unindo o sportswear e o casual. &ldquo;Sentia falta de roupas que pudessem ir da academia para a rua, confort&aacute;veis e vers&aacute;teis, com modelagens sofisticadas e tecidos tecnol&oacute;gicos&rdquo;, lembra a empres&aacute;ria sobre o que a levou a desenvolver a Balletto. E l&aacute; se v&atilde;o quase dez anos. O embri&atilde;o da marca surgiu ap&oacute;s o nascimento de sua filha, quando Luciana decidiu abandonar de vez a publicidade, &aacute;rea em que trabalhava at&eacute; ent&atilde;o, para ser &ldquo;apenas&rdquo; m&atilde;e por dois anos: &ldquo;Nesse per&iacute;odo comecei a fazer pesquisas de materiais, de modelagem, foi tipo uma incubadora. A marca foi lan&ccedil;ada no fim de 2014&rdquo;.

E em meio a essas mudan&ccedil;as, Luciana e o marido, Luca, decidiram ampliar os espa&ccedil;os e encontraram a casa dos sonhos. Com a filha pequena, deixaram para tr&aacute;s o apartamento onde viviam at&eacute; ent&atilde;o para iniciar um novo ciclo. Queriam um im&oacute;vel espa&ccedil;oso, com muito verde, e se apaixonaram por uma constru&ccedil;&atilde;o da d&eacute;cada de 1970, localizada em um tradicional condom&iacute;nio de S&atilde;o Paulo. O projeto assinado pelo conceituado arquiteto italiano Gian Carlo Gasperini preenchia alguns requisitos exigidos pelo casal. &ldquo;Gostamos de conforto, praticidade e qualidade de materiais. &Eacute; uma casa basicamente t&eacute;rrea, confort&aacute;vel, com acabamentos especiais e muita madeira&rdquo;, conta Luciana que, antes de bater o martelo, levou a arquiteta Fabiana Avanzi para avaliar o potencial da propriedade.

Sinal verde. Fabiana foi convocada para repaginar a casa, sempre sob a supervis&atilde;o atenta dos novos propriet&aacute;rios. &ldquo;N&atilde;o mexemos muito. Mantivemos bastante coisa da estrutura original, que tem espa&ccedil;os muito amplos e madeira, como portas, janelas, e ainda fizemos um teto inteiro de pinho de riga. Tivemos o cuidado de n&atilde;o descaracterizar o projeto original, apenas adaptando detalhes ao nosso estilo de vida&rdquo;, explica Luciana, sobre o im&oacute;vel de 755 m&sup2; de &aacute;rea constru&iacute;da, com quatro espa&ccedil;osas su&iacute;tes conectadas por uma sala &iacute;ntima, academia de gin&aacute;stica/sal&atilde;o de jogos e um espa&ccedil;o gourmet, que &eacute; o ambiente mais usado pela fam&iacute;lia. &ldquo;Nele tem uma mesa onde costumamos fazer as refei&ccedil;&otilde;es e uma esta&ccedil;&atilde;o com uma cozinha bem equipada que &eacute; onde a gente se re&uacute;ne eventualmente para cozinhar e ficarmos juntos. N&atilde;o conseguimos fazer isso no dia a dia por causa da correria, mas quando temos tempo gostamos de ficar por ali.&rdquo; Um anexo do lado externo, com uma grande su&iacute;te, cozinha americana e terra&ccedil;o est&aacute; a postos para receber poss&iacute;veis h&oacute;spedes com conforto e privacidade.

Luciana revela que nos 15 anos que vivem l&aacute;, fizeram pouqu&iacute;ssimas atualiza&ccedil;&otilde;es e reformas: &ldquo;N&atilde;o sou de mexer na casa. Por isso, fazemos quest&atilde;o de usar materiais de alta qualidade para que durem muito. Sou a favor do que &eacute; atemporal e duradouro. Isso tamb&eacute;m &eacute; ser sustent&aacute;vel&rdquo;. A &uacute;nica interven&ccedil;&atilde;o feita teve como objetivo proporcionar um pouco mais de divers&atilde;o para a filha adolescente, abrindo espa&ccedil;o na academia para mesa de pingue-pongue, de pebolim, uma esp&eacute;cie de sala de jogos. Ali&aacute;s, essa &eacute; outra &aacute;rea da casa bastante frequentada pelo casal, que adora esportes. Al&eacute;m do bal&eacute; cl&aacute;ssico, que pratica at&eacute; hoje, ela &eacute; adepta de corrida, muscula&ccedil;&atilde;o e jiu-jitsu. &ldquo;Tiro as manh&atilde;s para me exercitar, ir na terapia, fazer acupuntura e medita&ccedil;&atilde;o. Depois do almo&ccedil;o vou para o escrit&oacute;rio da Balletto e s&oacute; volto &agrave; noite.&rdquo; No quesito decora&ccedil;&atilde;o, a geminiana com ascendente em c&acirc;ncer &eacute; fiel a suas convic&ccedil;&otilde;es, que podem ser notadas tamb&eacute;m em sua marca de roupas. Qualidade e conforto s&atilde;o palavras de ordem. Claro que sem abrir m&atilde;o do estilo e sofistica&ccedil;&atilde;o. Isso vale para o mobili&aacute;rio com v&aacute;rias pe&ccedil;as da MICasa e outras sob medida desenhadas pela arquiteta respons&aacute;vel pela obra, l&aacute; em 2015. Luciana prefere tons neutros, claros, com pequenos toques de cor. A sala principal, onde j&aacute; recebeu para jantares algumas das companhias de dan&ccedil;a mais importantes do mundo, &eacute; o c&ocirc;modo que tem mais a ver com ela, conta Luciana. Toda envidra&ccedil;ada, a sala deixa a natureza do enorme jardim e a luz natural envolverem o ambiente. Entre os destaques, tamb&eacute;m est&aacute; o teto, todo trabalhado com vigas de madeira.

Admiradores de arte contempor&acirc;nea e da cultura japonesa, Luciana e Luca colecionam v&aacute;rias obras de Kazuo Wakabayashi e de Manabu Mabe, ambos naturalizados brasileiros. Logo na entrada da casa nota-se uma escultura de madeira em forma de &aacute;rvore do artista baiano Jos&eacute; Bento, e uma bailarina do portu - gu&ecirc;s Jo&atilde;o Santos tem lugar de destaque na sala principal. De suas viagens, pelo menos duas por ano para o exterior, Luciana costuma trazer pequenos itens que acrescenta &agrave; decora&ccedil;&atilde;o, mas sua perdi&ccedil;&atilde;o mesmo s&atilde;o os coffee table books. &ldquo;Sempre volto com v&aacute;rios na bagagem, nem tenho mais onde colocar. Meus favoritos s&atilde;o os de dan&ccedil;a, de arte e de moda.&rdquo; Outra pequena indulg&ecirc;ncia s&atilde;o as lou&ccedil;as: &ldquo;N&atilde;o resisto e estou sempre renovando&rdquo;.

Avessa a mexer em seu lar doce lar, como j&aacute; foi dito, a diretora criativa da Balletto tem apenas uma mudan&ccedil;a em mente, que est&aacute; amadurecendo ainda. &ldquo;A &uacute;nica coisa que gostaria de fazer em casa &eacute; um gazebo na &aacute;rea de piscina. Um lugar onde pud&eacute;ssemos ficar ao ar livre, com uma jacuzzi grande, uma cozinha&hellip; Seria legal para minha filha receber os amigos. Est&aacute; nos planos&rdquo;, confessa Luciana que, no momento, est&aacute; mais focada na expans&atilde;o e internacionaliza&ccedil;&atilde;o de sua marca. E entre as ambi&ccedil;&otilde;es pessoais, a empres&aacute;ria surpreende. &ldquo;Pratico esqui slalom com meu marido e treinamos bastante na represa de Guarapiranga ou no interior de S&atilde;o Paulo com foco nas competi&ccedil;&otilde;es. Levamos super a s&eacute;rio. Quero ter mais tempo para me dedicar ao esporte para melhorar na minha categoria&rdquo;, pontua a empres&aacute;ria e atleta, sim senhor. No que depender de foco e dedica&ccedil;&atilde;o, esses objetivos ser&atilde;o facilmente alcan&ccedil;ados. Algu&eacute;m duvida?

Luciana Mantegazza, dona da Balletto, abre as portas de sua casa

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