Marco Luque conversa com a L&rsquo;Officiel sobre sua carreira, seus personagens e a pe&ccedil;a &ldquo;Dilatados&rdquo;.

Marco Luque &eacute; criador de personagens irreverentes como o motoboy Jackson Five, o taxista Silas Simplesmente, a diarista Mary Help e um vegetariano ir&ocirc;nico e controverso chamado Mustafary. Seja na TV, no teatro, ou nas redes sociais, o <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/8-casais-provam-que-o-humor-e-a-chave-para-um-relacionamento-de-sucesso">humorista</a> tem o poder de contar piadas que contagiam uma multid&atilde;o. Por tr&ecirc;s anos, Luque integrou o programa &ldquo;Altas Horas&rdquo;, da Rede Globo, com um quadro fixo. Hoje, o ator participa da &ldquo;Feira da Risada&rdquo;, no &ldquo;Faust&atilde;o na Band&rdquo;, e est&aacute; em cartaz com a pe&ccedil;a &ldquo;Dilatados&rdquo;.&nbsp;
<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/big-sean-entrevista-exclusiva-lofficiel">A L&rsquo;Officiel conversou</a> com Marco Luque para saber mais sobre o artista por tr&aacute;s da cria&ccedil;&atilde;o de seus personagens, como ele se adapta &agrave;s redes sociais - onde possui 15 milh&otilde;es de seguidores - e seus planos para o futuro.

Como &eacute; o processo de constru&ccedil;&atilde;o dos seus personagens?
ML: A constru&ccedil;&atilde;o de um personagem &eacute; sempre um desafio, principalmente quando ele &eacute; novo e, al&eacute;m disso, o dif&iacute;cil &eacute; encontrar o que ele vai falar e qual a mensagem que vai deixar, pois eu vejo que mais do que s&oacute; fazer humor, &eacute; preciso tomar todo esse cuidado. Quando eu fa&ccedil;o a escolha do meu personagem, eu vou e estudo a figura e a maneira como quero constru&iacute;-lo e apresent&aacute;-lo, pois a minha arte &eacute; essa, me transformar em outras pessoas.
Atrav&eacute;s dos seus personagens, &eacute; poss&iacute;vel fazer muitas reflex&otilde;es sobre a sociedade. Voc&ecirc; tamb&eacute;m reflete sobre essas quest&otilde;es na hora de criar as narrativas?
ML: Esse &eacute; o meu maior desafio, conseguir trazer uma mensagem que ser&aacute; passada por meio do personagem. Ent&atilde;o eu sempre penso no que posso passar ao meu p&uacute;blico, e sempre procuro uma mensagem do bem, sem ofender ningu&eacute;m, porque a minha miss&atilde;o &eacute; bem mais do que isso.

Como artista, qual a diferen&ccedil;a para voc&ecirc; na hora de subir ao palco para interpretar personagens e quando sobe para fazer stand-up? Voc&ecirc; tem prefer&ecirc;ncia por algum?
ML: O stand-up &eacute; muito voc&ecirc; por voc&ecirc;, sou eu fazendo piadas, sem me transformar em algu&eacute;m, aqui conto coisas do meu dia a dia de uma forma mais c&ocirc;mica. Mas quando eu interpreto um personagem, eu sinto que estou me desafiando como artista e ator, eu gosto de brincar de fazer os sotaques, uma facilidade que sempre tive, e peguei muito da minha m&atilde;e, que sempre imitava nossos parentes, n&oacute;s mesmos, ent&atilde;o acabo vendo a diversidade que tem o p&uacute;blico brasileiro, &eacute; mais um encontro da ideia com a possibilidade e a capacidade que o meu corpo possui. Acho que pra mim, como ator e imitador, eu fico com a arte de interpretar os meus personagens.&nbsp;
Suas cria&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m se transportaram para as redes sociais, qual foi o impacto do ambiente digital no seu trabalho e como voc&ecirc; equilibra essa demanda de v&iacute;deos curtos nas redes?
ML: Quando eu comecei, anos atr&aacute;s, a internet ainda n&atilde;o era o que &eacute; hoje com as redes sociais, ainda n&atilde;o existia essa infinidade de possibilidade, era um ambiente para compartilhar com amigos e familiares mesmo. Mas com a evolu&ccedil;&atilde;o desse ambiente, houve sim um certo impacto, e hoje vejo como um espa&ccedil;o em que posso ampliar o meu p&uacute;blico e me traz uma diversidade de conte&uacute;dos que podem ser produzidos, ent&atilde;o sempre procuro trazer a minha arte para dentro das redes sociais, de modo que passe a mesma energia e mensagem que &eacute; transmitida a uma plateia f&iacute;sica. Inclusive, hoje vejo que alcan&ccedil;o diferentes tipos de p&uacute;blico por conta das plataformas digitais, em que j&aacute; acumulo mais de 15 milh&otilde;es de seguidores.
Diante do sucesso dos seus personagens, voc&ecirc; acredita que exista um fator determinante para que o p&uacute;blico tome gosto pelas figuras?
ML: Durante todos esses anos de carreira eu consegui aprender que a plateia &eacute; como se fosse uma crian&ccedil;a, ela &eacute; muito sincera com as respostas, ou seja, se achou gra&ccedil;a, vai rir, se n&atilde;o, fica quieta e se al&eacute;m do engra&ccedil;ado, ela achou genial, vai aplaudir junto. Ent&atilde;o eu sempre considero isso para os meus personagens, e acredito que o fator determinante seja esse mesmo, a pr&oacute;pria plateia demonstrando o que pensa, e a primeira delas que preciso fazer da risada, sou eu mesmo, para contagiar, porque se eu acredito na piada, passo essa chance para a plateia tamb&eacute;m.

Voc&ecirc; possui a sua produtora, Macatranja, quais s&atilde;o as suas ambi&ccedil;&otilde;es com essa outra faceta dentro do mercado de entretenimento?
ML: A Macatranja, est&aacute; no mercado h&aacute; 13 anos, e sempre foi a respons&aacute;vel pelo processo criativo e art&iacute;stico dos personagens, bem como as turn&ecirc;s que rodam pelo Brasil e esse ano estamos abrindo mais dois n&uacute;cleos, o de agenciamento e o de caracteriza&ccedil;&atilde;o dos personagens. Eu considero a produtora como uma casa e sentimos que esse era o momento de dar o passo e fazer ela sair de passiva para ativa nesse segmento geral de marketing e produ&ccedil;&otilde;es, e por eu estar sendo o primeiro case da marca, espero cumprir com as minhas expectativas.
Voc&ecirc; gosta muito de viajar, mas se cada personagem que voc&ecirc; criou, fosse elencar um destino favorito, qual seria?
ML: Essa &eacute; uma boa pergunta, eu acho que pensando no Mustafary, que &eacute; um cara tranquilo, ama a natureza e a praia, ele iria para o Hava&iacute;. O Jackson Faive, ele &eacute; uma pessoa mais humilde, gosta de curtir, ent&atilde;o acho que o destino dele seria o Nordeste. A Mary Help, com certeza iria para a Disney e levaria a fam&iacute;lia junto. O Ed Nerd procuraria um lugar com muita tecnologia, para explorar bastante, como o Jap&atilde;o. J&aacute; o Silas Simplesmente, acho que ele iria para Nova Iorque, ele sentiria o movimento da cidade, algo que ele curte bastante por conta do seu trabalho.

Em janeiro, com vista para o Morro Dois Irm&atilde;os em Fernando de Noronha, voc&ecirc; pediu a sua namorada J&eacute;ssica em casamento. Quais os pr&oacute;ximos planos do casal e o que podemos esperar do casamento?
ML: Esse foi um momento muito especial, e eu queria que fosse assim. Noronha &eacute; um local que gostamos muito, principalmente a Praia do Bode. Acho que o nosso pr&oacute;ximo passo &eacute; planejar o casamento e esperar muitos momentos de alegria, a Jessica me completa, e antes de tudo, somos muito amigos, o que considero importante para um relacionamento.
Pode contar um pouco para sobre a sua nova pe&ccedil;a &ldquo;Dilatados&rdquo;?
ML: &ldquo;Dilatados&rdquo; &eacute; o espet&aacute;culo que eu apresento dois dos meus personagens, ent&atilde;o eu trago um destaque maior para Jackson Faive, que &eacute; o motoboy paulistano e mais famoso do Brasil, com ele eu consigo abordar a precariedade do trabalho informal nas ruas de S&atilde;o Paulo. Al&eacute;m dele, tamb&eacute;m apresento o Mustafary, que &eacute; um vegetariano que demonstra sempre o amor pela natureza e os animais, e com ele eu consigo abordar essa quest&atilde;o de preserva&ccedil;&atilde;o da natureza de uma maneira leve. Esse &eacute; um show bem especial, justamente por ter dois dos personagens mais marcantes da minha carreira, e sempre procuro inovar e trazer algumas surpresas para o p&uacute;blico dar mais gargalhadas. Atualmente, Marco Luque est&aacute; em turn&ecirc; nacional com a pe&ccedil;a de stand-up comedy &ldquo;Dilatados&rdquo; com datas confirmadas at&eacute; novembro. Em 23 de mar&ccedil;o, ele se apresenta em S&atilde;o Paulo no Teatro das Artes. As datas est&atilde;o dispon&iacute;veis no site do ator e os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla.

Marco Luque em entrevista exclusiva para L’Officiel

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