Bulgari convidou Gabriel Massan, artista digital multidisciplinar, para marcar a celebra&ccedil;&atilde;o dos 75 anos de Serpenti, unindo arte, tecnologia e inova&ccedil;&atilde;o

Ap&oacute;s exposi&ccedil;&otilde;es de sucesso em Madri, Xangai, Cidade do M&eacute;xico, Nova York, Seul, Dubai e, mais recentemente, Mil&atilde;o, a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/joias/bulgari-traz-joias-de-arquivo-para-exposicao-inedita-no-brasil">Bulgari</a> traz ao <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/rio-resort-collection-da-bulgari-em-destaque-no-copacabana-palace">Brasil</a> a celebra&ccedil;&atilde;o dos <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/joias/bulgari-serpenti-celebra-seus-75-anos-no-brasil">75 anos de sua ic&ocirc;nica Serpenti</a>, com uma colabora&ccedil;&atilde;o especial entre a Maison romana e o artista multidisciplinar brasileiro Gabriel Massan.

&ldquo;Eu cresci assistindo novela. Na &eacute;poca em que existia Xuxa na TV, entre 1990 e 2000, a gente cresceu nesse mundo fantasioso, em que tudo era poss&iacute;vel. Tudo era colorido tamb&eacute;m. Sou de Nil&oacute;polis, cresci j&aacute; no computador e a arte foi sendo digerida por mim de uma forma digital. Era pelo computador que eu conseguia criar, n&atilde;o precisava de mais materiais. Estava tudo dispon&iacute;vel nas minhas m&atilde;os e eu entendi isso bem cedo. N&atilde;o cresci com museus e galerias, sou da baixada Fluminense, do Rio de Janeiro. Cresci rodeado de fantasia, com o imagin&aacute;rio da arte presente de um Carnaval, da Beija-Flor.&rdquo; Tendo a serpente como fonte infinita de inspira&ccedil;&atilde;o, Massan apresentou obras de arte originais, interven&ccedil;&otilde;es digitais, instala&ccedil;&otilde;es interativas e experi&ecirc;ncias imersivas &uacute;nicas, todas sob uma perspectiva singular &ndash; com ponto alto em uma interven&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do tapume que cobre a maior butique Bulgari na Am&eacute;rica Latina, no Shopping Cidade Jardim, em S&atilde;o Paulo.

&ldquo;Durante 75 anos, a Bulgari demonstrou sua criatividade audaciosa, seu trabalho artesanal engenhoso e esp&iacute;rito moderno por meio de suas emblem&aacute;ticas cria&ccedil;&otilde;es Serpenti, inspiradas nas joias de Cle&oacute;patra, em uma refer&ecirc;ncia a Roma de mais de 2 mil anos atr&aacute;s. Elas transmitem hist&oacute;rias, arte e empoderamento. O design ic&ocirc;nico expandiu os limites da joalheria, refletindo o esp&iacute;rito de mulheres confiantes e entrando no mundo da arte por meio de colabora&ccedil;&otilde;es criativas cheias de entusiasmo. Este s&iacute;mbolo foi e &eacute; o &iacute;cone absoluto da Bulgari de metamorfose sem fim&rdquo;, diz Jean-Christophe Babin, CEO do Grupo Bulgari. Massan junta-se ao grupo global e ecl&eacute;tico de artistas contempor&acirc;neos, como Refik Anadol, Quayola, Daniel Rozin, Sougwen Chung, Cate M, e muitos outros, que desenvolveram trabalhos exclusivos dedicados &agrave; Serpenti. &ldquo;Como criador de mundos e possibilidades de vida, &eacute; inspirador que a cria&ccedil;&atilde;o de s&iacute;mbolos possa desbloquear universos capazes de serem compreendidos e observados de infinitas maneiras, assumindo formas nunca vistas.&rdquo; A seguir, ele que ficou famoso por trabalhos que unem tecnologia e inova&ccedil;&atilde;o, como o uso de intelig&ecirc;ncia artificial, realidade aumentada, esculturas virtuais, interatividade e hologramas, conta um pouco sobre sua vida entre Londres e Berlim, sua arte e jornada pessoal.

L&rsquo;OFFICIEL Artista multidisciplinar&hellip; como voc&ecirc; se define?&nbsp;
GABRIEL MASSAN Eu acho que, de fato, &eacute; muito disciplinar a palavra. Porque &eacute; intang&iacute;vel, pelo fato de eu trabalhar com arte, tecnologia. A minha pr&aacute;tica sempre est&aacute; em expans&atilde;o por conta das m&uacute;ltiplas possibilidades e caminhos que eu possa vir a tomar ou seguir, por ser tamb&eacute;m uma &aacute;rea que segue avan&ccedil;ando, segue criando, produzindo inova&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o, como minha arte se apropria disso para construir linguagem, n&atilde;o consigo mais me enquadrar enquanto atitude digital, porque hoje eu fa&ccedil;o instala&ccedil;&otilde;es, vers&otilde;es, esculturas f&iacute;sicas. Ent&atilde;o, &eacute; dif&iacute;cil escolher uma categoria ou uma nomenclatura, porque tudo muda.

L&rsquo;O Como a arte se manifestou na sua hist&oacute;ria? E como a sua hist&oacute;ria se manifesta na sua arte?&nbsp;
GM Tenho uma grande conex&atilde;o com videogames, eu crio jogos. Comecei criando conte&uacute;do a partir de jogos &ndash; eu gravava a minha tela do computador e editava. Criava, constru&iacute;a e publicava no YouTube, dos 13 aos 17 anos. Foi a&iacute; que aprendi a usar diferentes softwares de edi&ccedil;&atilde;o de imagem. Nesse meio tempo, j&aacute; tinha feito aulas de teatro por uns quatro anos. Era um ator mirim. E acho que esse interesse por dramaturgia j&aacute; existia no meu pr&oacute;prio trabalho, essa constru&ccedil;&atilde;o de universos&hellip; Depois eu segui para a publicidade, tomei essa dist&acirc;ncia das artes, acho que tamb&eacute;m por press&atilde;o familiar. N&atilde;o se entendia um artista de novas m&iacute;dias no Brasil, n&atilde;o era um caminho poss&iacute;vel. Fiz Publicidade na universidade estadual de Minas Gerais e, ainda na gradua&ccedil;&atilde;o, retorno para o Rio, em uma transfer&ecirc;ncia. Depois, fui aceito na escola de arte tecnologia e na escola de artes do Parque Lage, para estudar videoarte e v&iacute;deo instala&ccedil;&atilde;o. Isso foi em 2016 para 2017. Eu j&aacute; trabalhava com ilustra&ccedil;&atilde;o e v&iacute;deo em 2D, mas no final dessa experi&ecirc;ncia, no Parque Lage, eu comecei a experimentar com um software de 3D. E nessa &eacute;poca eu fazia bastante som. Ent&atilde;o, tive esse primeiro contato com a moda &ndash; fiz trilha sonora para desfiles, para a Fashion Week, na Casa dos Criadores &ndash; e foi minha minha vinda para S&atilde;o Paulo tamb&eacute;m. E fiz minha primeira SP Arte em 2018. Foi um ano de vai e volta Rio-S&atilde;o Paulo. Em 2019 fui para a Espanha, com um projeto de realidade aumentada, que estava no auge por conta dos filtros do Instagram. Era um projeto de som, realidade aumentada e pintura, e v&iacute;deo arte. Fiquei na Europa durante um tempo, visitei uns amigos, fui para Londres e decidi me mudar para Berlim. E chega a pandemia: fiquei sete meses preso, sem poder voltar. Ganhei essa extens&atilde;o do meu visto de turista e decidi aplicar para ser artista na Alemanha. S&oacute; retornei para o Brasil depois de 2 anos e alguns meses.&nbsp;

L&rsquo;O Lado ruim, lado bom da pandemia&hellip;&nbsp;
GM Sim, nesse tempo l&aacute;, fui entendendo o quanto essa busca pela cria&ccedil;&atilde;o de mundos, dessas imagens do inconsciente, para distribuir acesso a esses m&uacute;ltiplos universos, criaturas, possibilidades. E eu come&ccedil;o a experimentar bastante com videogames, com realidade virtual. At&eacute; que fiz as minhas duas primeiras exposi&ccedil;&otilde;es individuais. Aqui no Brasil, a arte digital ainda estava muito no in&iacute;cio, mas, na Europa, esse cen&aacute;rio estava caminhando bem mais. E quando chega o Blockchain, entre 2021 e 2022, estou entre Berlim e Londres, bem no centro de onde estava tudo acontecendo. Isso me fez parte da discuss&atilde;o, at&eacute; porque existem pouqu&iacute;ssimos artistas sul-americanos que trabalham com novas m&iacute;dias no Norte global. Hoje existe um novo cen&aacute;rio global na arte, o mundo est&aacute; se reajustando, estamos vendo um grande debate. H&aacute; novos poderes surgindo, novas alian&ccedil;as n&atilde;o s&oacute; econ&ocirc;micas, mas em todos os &acirc;mbitos, inclusive nas artes, que tamb&eacute;m representam uma frente da sociedade e a influencia de diversas formas.&nbsp;
L&rsquo;O E como est&aacute; sendo essa volta ao Brasil?&nbsp;
GM Retornar ao Brasil sendo um &uacute;nico brasileiro a colaborar com a Bulgari utilizando da tecnologia, enquanto a minha pr&aacute;tica art&iacute;stica, enquanto a forma que eu construo essa colabora&ccedil;&atilde;o, &eacute; muito potente. Estou bem feliz, n&atilde;o s&oacute; porque minha arte estar&aacute; na maior f laghship na Am&eacute;rica Latina, mas tamb&eacute;m porque &eacute; interessante para o nosso pa&iacute;s e para o continente, sem d&uacute;vida. Bulgari j&aacute; colaborou com grandes nomes como Andy Warhol. E estou entrando nesse incr&iacute;vel time de artistas falando sobre inova&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica, que &eacute; uma &aacute;rea de pouco investimento no Brasil. &Eacute; bonito ver que tem muitos brasileiros, no mundo, crescendo em suas &aacute;reas, tamb&eacute;m na tecnologia, no cinema, na m&uacute;sica e principalmente nas artes, que &eacute; um lugar muito incipiente. Acho que terem me convidado tem muito a ver com esse meio-termo entre ind&uacute;stria criativa e arte tradicional, que acredito que s&oacute; seja poss&iacute;vel pelo fato de eu trabalhar com novas m&iacute;dias.

L&rsquo;O A Serpente &eacute; uma fonte infinita de inspira&ccedil;&atilde;o para a Bulgari. Onde mais voc&ecirc; foi buscar refer&ecirc;ncias para criar as obras para a Celebra&ccedil;&atilde;o dos 75 anos desse &iacute;cone da Casa Romana?&nbsp;
GM Quando surgiu esse convite, pensei muito sobre a minha rela&ccedil;&atilde;o com S&atilde;o Paulo, porque eu sabia que a flagship seria em S&atilde;o Paulo. Imaginei o que representava essa chegada e fui entender e pesquisar que no estado de S&atilde;o Paulo existem v&aacute;rias esp&eacute;cies rar&iacute;ssimas de serpentes. Elas ficam mais na regi&atilde;o da mata, na transi&ccedil;&atilde;o do Rio para S&atilde;o Paulo. Uma regi&atilde;o que j&aacute; na &eacute;poca dos povos nativos que plantavam diferentes esp&eacute;cies, geograficamente funcionava como um lugar de encontro de v&aacute;rios biomas, de diversas esp&eacute;cies, porque &eacute; bem central. Aqui ainda habitam muitas serpentes. Tem jiboias t&atilde;o raras que s&oacute; foram vistas cinco vezes. Ent&atilde;o, eu fiquei pensando nessa raridade, e que hoje em dia n&atilde;o existe um lugar para uma serpente. Fiquei imaginando que se essa serpente pudesse tamb&eacute;m reimaginar, repensar e provocar uma reflex&atilde;o: se elas existissem figurativamente, ser&aacute; que teriam espa&ccedil;o tamb&eacute;m nessa cidade? Meu trabalho come&ccedil;a na escultura. N&atilde;o h&aacute; rascunho, o esbo&ccedil;o j&aacute; &eacute; parte da obra. E assim busquei criar as partes dessa serpente separadas, trazendo o aspecto da joalheria, em como esse cord&atilde;o seria formado, a cabe&ccedil;a, o peito, a cauda. Fiz tudo isso separadamente, seguindo a paleta de cores da Bulgari, trazendo esse &acirc;mbar, bem quente, que eu acho que de alguma forma conversa com essa secura. &Eacute; uma cor bem forte. Nas minhas obras, o espectador faz parte, se v&ecirc; no meio dela, interage. Tenho feito bastante assim por conta dessa inspira&ccedil;&atilde;o dos jogos. Nas minhas exposi&ccedil;&otilde;es, a audi&ecirc;ncia vira autora da obra tamb&eacute;m. Disponibilizo c&acirc;meras dentro das experi&ecirc;ncias, v&iacute;deos, que viram uma NFT que as pessoas levam como mem&oacute;ria. Ent&atilde;o, j&aacute; existe essa participa&ccedil;&atilde;o e entender o p&uacute;blico enquanto agente da obra. No caso da serpente, as pessoas se cobrem com a textura da proje&ccedil;&atilde;o, tiram foto da escultura, sempre em movimento. As obras, todas elas trabalham muito com a quest&atilde;o do movimento, seja no pr&oacute;prio corpo do espectador, seja nessas instala&ccedil;&otilde;es interativas. &Eacute; muito fant&aacute;stico ver como as pessoas est&atilde;o mais abertas a entender tecnologia enquanto arte.

Bulgari celebra os 75 anos do Serpenti unindo arte e tecnologia

Tags

Posts relacionados

Hommes

Bulgari renova clássicos da relojoaria durante o LVMH Watch Week

Joias

Bulgari inaugura flagship no Brasil com lançamento de nova coleção

Joias

Bulgari: delicado terceiro capítulo da coleção Color Journeys

Posts recomendados

Pop culture

Emma Stone quer deixar seu nome artístico de lado

Pop culture

Rihanna revela spoiler do que vai usar no Met Gala

Pop culture

Zozibini Tunzi: descubra quem é a Miss Universo 2020

Pop culture

Kate Middleton: qual coroa ela vai usar quando virar rainha?

Pop culture

Oscar: veja quem é a atriz que mais recebeu estatuetas!

Pop culture

Fotos boas em casa: descubra as melhores técnicas!

Hommes

Oscar: descubra todas as curiosidades sobre a famosa estatueta

Pop culture

Kardashian-Jenner: descubra como o clã controla vazamentos