<p><em>Lei do retorno!&nbsp;<span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Ainda inquieto, mas muito mais centrado, Inácio Ribeiro reativa a&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Clements Ribeiro em Londres com cole&ccedil;&atilde;o 100% em cashmere</span></em><span></span></p>

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        <p style="text-align: justify;"><span>Com a moda olhando fortemente para a transi&ccedil;&atilde;o dos anos <strong><a href="https://www.revistalofficiel.com.br/joias/editorial-de-joias-minimalismo-1990">1990</a></strong> para os <strong><a href="https://www.revistalofficiel.com.br/beleza/volta-da-piranha-presilha-dos-anos-2000-esta-em-penteados-cool">2000</a></strong>, parece muito f&aacute;cil reviver uma marca que fez sucesso naquela &eacute;poca. Bastaria retomar o nome, reeditar itens de sucesso e ir atr&aacute;s de embaixadoras de estilo que fa&ccedil;am sentido com os novos tempos e as novas m&iacute;dias. <strong>In&aacute;cio Ribeiro</strong>, contudo, n&atilde;o est&aacute; interessado em f&oacute;rmulas descomplicadas &mdash; nem quer saber de banzo.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Radicado na Inglaterra &ldquo;a vida toda&rdquo;, o <strong><a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/kate-middleton-recicla-vestido-de-estilista-brasileira-para-evento-em-londres">estilista brasileiro</a></strong> voltou ao circuito na &uacute;ltima <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/london-fashion-week-os-acessorios-que-dominaram-as-passarelas"><strong>London Fashion Week</strong>,</a> em fevereiro, e tirou da bagagem a segunda cole&ccedil;&atilde;o que marca o comeback da sua <strong>Clements Ribeiro</strong> ao mercado; a primeira, de resort, est&aacute; &agrave; venda via Net-A-Porter e multi-</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">marcas, al&eacute;m do rec&eacute;m-lan&ccedil;ado e-commerce pr&oacute;prio. Retorno, sim &mdash; revival, nem pensar. &ldquo;O nome permanece, mas estou come&ccedil;ando praticamente do zero. A &uacute;nica coisa nost&aacute;lgica que h&aacute; dentro da nova Clements Ribeiro sou eu mesmo&rdquo;, brinca, deixando claro que esse hiato fora dos holofotes o fez enxergar novos e necess&aacute;rios jeitos de trabalhar. &ldquo;&Eacute; um recome&ccedil;o interessante, pois estou me adaptando; n&atilde;o s&oacute; &agrave; minha nova realidade, mas a um mercado completamente diferente de quando me desenvolvi como estilista. Hoje, as marcas pequenas n&atilde;o t&ecirc;m a necessidade de tentar fazer o mesmo caminho das gigantes, como conduz&iacute;amos na &eacute;poca. Tudo mudou, &eacute; uma oportunidade enorme de aprender. Isso me rejuvenesce.&rdquo;</span></p>
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                <p style="text-align: justify;"><span>Encerrada h&aacute; sete anos, a Clements Ribeiro era tocada por ele e sua parceira criativa, Suzanne Clements, com quem &eacute; casado at&eacute; hoje. O fechamento aconteceu no auge, quando a dupla (que tamb&eacute;m cuidou do estilo da francesa Cacharel, em paralelo), viu-se atropelada pelo pr&oacute;prio tamanho. &ldquo;Ach&aacute;vamos mesmo que era algo definitivo. N&atilde;o havia mais prazer, era uma coisa dolorosa de ficar mantendo&rdquo;, relembra, sem saudades. A decis&atilde;o de voltar aconteceu depois de um per&iacute;odo sab&aacute;tico e outros anos fazendo consultorias criativas para empresas ao redor do mundo. Uma vontade que aumentou em 2019 e a quarentena, que isolou a fam&iacute;lia na casa de campo, fez efervescer o mergulho no arquivo de ideias.</span></p>
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Clements Ribeiro

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        <p style="text-align: justify;"><span>Nessa nova encarnação, apesar de manter o nome conjun- to, Inácio assume as rédeas de maneira solo. Suzanne, desencantada da moda, prefere focar na carreira de artista plástica &mdash; à parte, mas não distante: são dela as pinturas do lookbook da nova coleção de </span><span>pre-fall</span><span>. &ldquo;Nós sempre fizemos tudo juntos. Mas trabalhar como casal, definitivamente, é algo que não recomendamos. Apesar de termos desenvolvido um </span><span>modus operandi</span><span>, é muito desgastante&rdquo;, relembra. &ldquo;Suzanne está satisfeitíssima que não interfiro na criatividade dela, enquanto eu me sinto mais livre para criar.&rdquo;</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Apesar de começar do papel em branco, a &ldquo;Clements Ribeiro 2.0&rdquo; espertamente retoma pontos fortes da versão anterior. Trabalhando uma coleção bem mais enxuta, Inácio foca 100% no cashmere, matéria-prima que a dupla ajudou a reviver no final da década de 1990. &ldquo;Naquela época, o cashmere ainda era uma coisa muito de avó, não estava no radar da moçada&rdquo;, relembra. &ldquo;Fizemos o nosso primeiro </span><span>twin-set</span><span>, listrado, que criou um efeito dominó. Todas as editoras de moda de então adoraram, produzimos dezesseis unidades que desapareceram. A Barney&rsquo;s comprou quatro conjuntos e esgotou em dois dias; a Liberty London vendeu um antes mesmo de chegar à loja. Foi aí que começou a febre de cashmere da marca, que se tornou um </span><span>statement </span><span>nosso.&rdquo; O sucesso ajudou a colocar a matéria-prima no mapa da moda contemporânea e a reavivar o business combalido da Barrie, tradicional malharia da Escócia, especializada no assunto, que produzia para a Chanel e, desde 2012, pertence à </span><span>maison </span><span>francesa.</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span>Feto um bom inglês, mesmo sem abrir mão do passaporte brasileiro, Ribeiro mantém certas tradições. É novamente da Barrie que saem suas novas criações, trabalhando cores fortes e grafismos em jumpers, conjuntos, shorts e suéteres. Clássicos, mas com twist: &ldquo;Estou resgatando elementos da época, mas vejo a Clements Ribeiro nova inteiramente voltada para o futuro&rdquo;. Para ele, esse </span><span>comeback </span><span>é um experimento tão atrevido quanto feliz, por mostrar que que a porta se manteve aberta. &ldquo;É bom voltar a participar da conversação da moda, ainda que de forma modesta, pois o cashmere é um produto de nicho&rdquo;, conta. &ldquo;Ao mesmo tempo, me dá um foco para manter a criatividade sob controle. Tenho a vantagem de estar novamente no assento de motorista da carreira e ter muito mais controle sobre meu destino. E sem pressa: já sou velho o suficiente para não ter pressa.&rdquo;</span></p>
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Inácio Ribeiro reativa a Clements Ribeiro em Londres

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