Enquanto âncoras de realidade nos mantêm em terra firme, pensar em futuro próximo ao mar azul das Ilhas Virgens é um afago para a mente

As Antilhas est&atilde;o entre as primeiras por&ccedil;&otilde;es de terra do c&iacute;rculo de pa&iacute;ses que contornam o mar do Caribe em seu trecho oriental. No conjunto numeroso de &iacute;nsulas contam-se regi&otilde;es conhecidas pela cultura, pelas paisagens naturais e pelo clima, como Cuba, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/viagem/carol-bassi-compartilha-registros-de-paisagens-impressionantes-na-jamaica">Jamaica</a>, Rep&uacute;blica Dominicana, Haiti, Bahamas, al&eacute;m das Ilhas Virgens Americanas e das Ilhas Virgens Brit&acirc;nicas. Foi justamente nesse ponto avistado pelo navegador Crist&oacute;v&atilde;o Colombo, em 1493, que come&ccedil;amos nossa aventura.

Carinhosamente chamado de &ldquo;BVI&rdquo;, abrevia&ccedil;&atilde;o da nomenclatura em ingl&ecirc;s British Virgin Islands, o <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/viagem/maldivas-destino-desejado-dos-brasileiros">arquip&eacute;lago mais charmoso</a> de Vossa Majestade oferece infraestrutura de alto padr&atilde;o. O calor caribenho, que por ali n&atilde;o ultrapassa&nbsp;os 32 graus, n&atilde;o &eacute; apenas do term&ocirc;metro, mas da simpatia dos cerca de 30 mil habitantes do pa&iacute;s.

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Vindo do Brasil, o visitante faz no m&iacute;nimo duas escalas, o que contribui para manter as BVI fora dos circuitos tradicionais de turismo, conferindo-lhes certa aura de exclusividade. Suas condi&ccedil;&otilde;es n&aacute;uticas perfeitas, com ba&iacute;as protegidas e ventos regulares, converteram o ambiente tamb&eacute;m em um dos destinos mais procurados por veranistas e velejadores profissionais. De iates a catamar&atilde;s, as dezenas de empresas de charters apresentam modelos de tamanhos variados, com o mesmo conforto dos hot&eacute;is. Para ter uma no&ccedil;&atilde;o, a frota da regi&atilde;o &eacute; t&atilde;o ampla que a oferta de cabines para hospedagem &eacute; tr&ecirc;s vezes maior do que a de su&iacute;tes.

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O tour pode come&ccedil;ar com um catamar&atilde; Blue Lagoon, da Horizon Yacht Charters, abastecido com alimentos, &aacute;gua e combust&iacute;vel para cinco dias. Parte-se da marina Nanny Cay para descobrir as ilhas do entorno, mergulhar nas &aacute;guas coloridas pelo azul-turquesa e degustar os pratos da gastronomia caribenha servidos sob o c&eacute;u estrelado, acompanhados de uma sensa&ccedil;&atilde;o de liberdade sem fim. Com os ventos a favor, atravessa-se o canal Sir Francis Drake, rumo &agrave;s ilhas do sul.&nbsp;A primeira parada foi em Cooper Island, onde &eacute; poss&iacute;vel pernoitar pr&oacute;ximo &agrave; costa. Por l&aacute;, a principal atra&ccedil;&atilde;o &eacute; um resort em que se sobressaem o card&aacute;pio arrojado, a butique com roupas e outros itens de origem local e o bar com aproximadamente 300 marcas de rum importadas de 50 pa&iacute;ses, com degusta&ccedil;&otilde;es programadas diariamente, com doses que variam entre 7 e surpreendentes 700 d&oacute;lares cobrados pelo shot com o selo premiado da destilaria francesa Neisson.&nbsp;A pr&oacute;xima parada &eacute; Virgen Gorda e Jost Van Dyke, que, ao lado de Tortola e de Anegada, formam o quarteto fant&aacute;stico do arquip&eacute;lago. Virgen Gorda abriga endere&ccedil;os&nbsp;sofisticados, como os complexos tur&iacute;sticos Oil Nut Bay e Rosewood Little Dix Bay, al&eacute;m de um dos tesouros naturais mais bem guardados do Caribe, o The Baths National Park, um conjunto de forma&ccedil;&otilde;es rochosas de granito que se estende da terra at&eacute; o mar transl&uacute;cido, compondo galerias quase lunares e piscinas esverdeadas. O &uacute;ltimo destino s&atilde;o os arredores do animado Willy-T, em Norman Island, com direito a mergulhar em The Indians e The Caves, pontos obrigat&oacute;rios para a pr&aacute;tica do snorkeling, com visibilidade de at&eacute; 15 metros de dist&acirc;ncia. As imagens observadas no passeio sob as &aacute;guas mostram o contraste do verde da vegeta&ccedil;&atilde;o das colinas com os lilases e os laranjas das paredes rochosas das cavernas, reveladas e iluminadas pelos &uacute;ltimos raios de sol do dia.

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Se a natureza impressiona, as constru&ccedil;&otilde;es feitas pelo homem equilibram a balan&ccedil;a em eleg&acirc;ncia e beleza, a contar os tantos endere&ccedil;os das BVI que foram reerguidos ap&oacute;s a passagem do furac&atilde;o Irma, em 2017. O Rosewood Little Dix Bay, &iacute;cone da hotelaria de luxo no Caribe, foi totalmente reconstru&iacute;do, com direito a projeto do Meyer Davis&nbsp;Studio. Desde que o filantropo, empres&aacute;rio e naturalista americano Laurance Rockefeller se deparou com 500 acres de mata tropical intocada na ba&iacute;a de Little Dix Bay, no fim dos anos 1950, a vontade de levar &agrave; regi&atilde;o um espa&ccedil;o de lazer que alinhasse conforto e sustentabilidade foi imediata.

De portas abertas a partir de 1964, o balne&aacute;rio atraiu h&oacute;spedes ilustres, como a rainha Elizabeth II e os pr&iacute;ncipes Philip e Charles, maravilhados pela orla cercada por arrecifes, pelos seis tons de azul das &aacute;guas e pelas tartarugas-marinhas que acompanhavam viajantes e mergulhadores. Adquirido pelo grupo Rosewood em 1993, o resort &eacute; impec&aacute;vel no quesito atendimento. Assim que o novo h&oacute;spede chega ao p&iacute;er privado, um mordomo o encaminha &agrave;s su&iacute;tes e descreve as atividades dispon&iacute;veis na programa&ccedil;&atilde;o, entre esportes n&aacute;uticos e aulas de ioga e de t&ecirc;nis.

A cinco minutos da praia, o novo conjunto de 80 dormit&oacute;rios est&aacute; em perfeito equil&iacute;brio com o ambiente, decorado com mat&eacute;rias-primas naturais como madeira e pedra. Os detalhes vintage e as pitadas n&aacute;uticas, por sua vez, resgatam a &eacute;poca &aacute;urea do empreendimento. Igualmente in&eacute;ditos, os restaurantes Sugar Mill, Pavilion e Reef House s&atilde;o abastecidos com frutas e verduras cultivadas em hortas org&acirc;nicas, reafirmando o conceito&nbsp;farm-to-fork, e com peixes e frutos do mar pescados diariamente.

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Vale destacar o concorrido Rum Room, aconchegante bar ao ar livre bem no cora&ccedil;&atilde;o do resort, onde &eacute; poss&iacute;vel encontrar mais de uma centena de r&oacute;tulos trazidos dos mercados especializados do Sudeste Asi&aacute;tico &agrave; Am&eacute;rica do Sul. Vinhos e coquet&eacute;is preparados nos balc&otilde;es do Rosewood nas d&eacute;cadas de 1960 e 1970 completam o clima da festa. &Eacute; poss&iacute;vel ainda explorar a ilha de bicicleta ou descansar nas espregui&ccedil;adeiras sob os coqueiros e deixar o tempo passar. Enquanto no Fitness Center a pedida s&atilde;o as sess&otilde;es de ioga e de medita&ccedil;&atilde;o ou mesmo as caminhadas pela pista que percorre o lado oeste do complexo, no SPA Sense&reg; os tratamentos liberam a tens&atilde;o muscular, revitalizam a pele e desintoxicam o organismo. No centro voltado para o&nbsp;wellness&nbsp;est&aacute; uma das piscinas mais interessantes das BVI, desenhada em duas camadas com bordas infinitas e rodeada por palmeiras e flores coloridas. Irre- sist&iacute;vel n&atilde;o sonhar com a serenidade desse o&aacute;sis caribenho.

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Ilhas Virgens: a terra que o tempo esqueceu

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