Colm Dillane &eacute; o designer que assume pontualmente a primeira collab criativa com a Louis Vuitton ap&oacute;s a morte de Virgil Abloh

Com a chegada da semana de moda parisiense, a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/louis-vuitton-o-novo-grande-baile">Louis Vuitton</a> anunciou recentemente que a cole&ccedil;&atilde;o masculina inverno 23/24 ser&aacute; co-criada com Colm Dillane, designer americano incorporado aos est&uacute;dios da maison h&aacute; meses.
A sucess&atilde;o na <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/louis-vuitton-e-yayoi-kusama-rumo-ao-infinito-luxuoso-da-arte">Vuitton</a> continua sendo o segredo fashion mais bem guardado. Martin Rose, Samuel Ross e Grace Wales Bonner ainda s&atilde;o designers cotados para a dire&ccedil;&atilde;o criativa da marca. N&atilde;o &eacute; definitivo, mas Colm Dillane tem a responsabilidade de preencher o vazio comercial e conceitual deixado pela morte de Virgil Abloh em 2021.

Em entrevista ao Women&rsquo;s Wear Daily, Michael Burke, CEO da Louis Vuitton, falou sobre a nova empreitada criativa. O empres&aacute;rio declarou sobre a parceria pontual com Colm Dillane e a reuni&atilde;o de talentos para o desfile do pr&oacute;ximo dia 19 que envolver&aacute; cineastas franceses - como Olivier e Michel Gondry, conhecido pelos videoclipes de Daft Punk, Foo Fighters e Bj&ouml;rk, que produziram um v&iacute;deo como prel&uacute;dio ao desfile -, al&eacute;m do stylist Ibraim Kamara e a cen&oacute;grafa Lina Kutsovskaya. Segundo boatos, ainda &eacute; esperado o show da cantora espanhola Rosal&iacute;a na apresenta&ccedil;&atilde;o

Com a morte repentina de Virgil Abloh, jovem designer americano acometido por um c&acirc;ncer h&aacute; dois anos, a Louis Vuitton tem se esfor&ccedil;ado para encontrar quem fa&ccedil;a jus ao legado e ao impacto causado no streetwear de luxo. Nessa corrida, a maison escolheu o formato colaborativo para agregar novos talentos.

As novas aventuras de KidSuper

Para o The New York Times, Colm Dillane &eacute; o super-her&oacute;i do Brooklyn. O jovem aluno de 15 anos tinha as disciplinas de Matem&aacute;tica e Mec&acirc;nica como suas favoritas. Na elabora&ccedil;&atilde;o de um projeto em uma delas, Dillane criou camisetas coloridas que acabaram sendo vendidas (e esgotadas) na lanchonete da escola.
Influenciado pelo Hip Hop, o designer americano criou a KidSuper, sua marca conhecida pelas estampas feitas por ele mesmo com elementos da cultura folk e refer&ecirc;ncias do futebol, universo do qual j&aacute; participou.
Com 20 anos, Dillane abre um espa&ccedil;o f&iacute;sico em sua cidade natal. N&atilde;o demorou para que a loja se transformasse em ponto de encontro criativo da m&uacute;sica e da street art. No in&iacute;cio da carreira, o designer j&aacute; usou bonecas Barbie para a produ&ccedil;&atilde;o de v&iacute;deos em stop motion que inclu&iacute;ssem suas cole&ccedil;&otilde;es de streetwear. Sempre com olhar expansivo, Colm acreditava que Paris seria o ponto de virada da carreira. Fortalecendo a marca, o pedido de Dillane para ingressar na programa&ccedil;&atilde;o oficial parisiense foi aprovado pela F&eacute;d&eacute;ration de la Haute Couture et de la Mode em 2019.

Ap&oacute;s a estreia, uma s&eacute;rie de apresenta&ccedil;&otilde;es digitais durante a pandemia chamou a aten&ccedil;&atilde;o dos organizadores do LVMH Fashion Prize que homenageia designers com menos de 40 anos. Virgil Abloh estava entre os jurados que concedeu a Dillane o Pr&ecirc;mio Karl Lagerfeld de 150.000 euros, uma das categorias da premia&ccedil;&atilde;o da holding francesa. Assim, surge a amizade e a troca criativa entre os designers.
&ldquo;Sempre senti essa press&atilde;o para aproveitar ao m&aacute;ximo todas as oportunidades&rdquo;, afirmou o designer americano filho de m&atilde;e espanhola e pai irland&ecirc;s. Nos bastidores do processo criativo, a dire&ccedil;&atilde;o da Louis Vuitton pediu para que o jovem produzisse alguns designs nos &uacute;ltimos meses. &ldquo;Era 5% de produto e 95% de ideias e conceitos&rdquo;, explicou Dillane sobre o calhama&ccedil;o de 500 p&aacute;ginas que entregou como sua declara&ccedil;&atilde;o de miss&atilde;o &agrave; marca.
Em entrevista ao The New York Times, Calm Dillane desabafou sobre a aposta da casa centen&aacute;ria de moda francesa em seu trabalho. &ldquo;Voc&ecirc; nunca pensa que uma marca t&atilde;o grande quanto a Louis Vuitton estaria disposta a correr tal risco&rdquo;, disse. &ldquo;Achei que haveria tantas regras sobre o que eu podia ou n&atilde;o fazer, mas me deram a "confeitaria". Eles me deixam ajudar em todos os aspectos - roupas, bolsas, sapatos, acess&oacute;rios. &Eacute; selvagem&rdquo;, declarou.

Olhos &agrave; frente

O desfile de 19 de janeiro &eacute; um dos mais aguardados da semana de moda de Paris. &ldquo;Acho que &eacute; um pouco cedo para fazer previs&otilde;es", disse o CEO da Louis Vuitton sobre as inevit&aacute;veis especula&ccedil;&otilde;es acerca do destino criativo da marca. &Eacute; fato que Dillane aborda a moda de um ponto de vista semelhante ao de Abloh. S&atilde;o designers que prezam por ideias coletivas, acreditam na forma&ccedil;&atilde;o de uma comunidade de moda e de arte repleta de trocas, colabora&ccedil;&otilde;es e inova&ccedil;&atilde;o. Mesmo assim, existe algo inspirador na trajet&oacute;ria de um outsider no cen&aacute;rio da alta costura. O irreverente e criativo garoto do Brooklyn afirma sua forma de contar hist&oacute;rias e consegue impulsionar os rumos da poderosa marca de luxo global.

Louis Vuitton: conheça o designer que assina o desfile masculino

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