No tour dos desfiles Cruise 23/24, marcas como Dior, Chanel, Gucci e Louis Vuitton viajam o mundo atrav&eacute;s de suas cole&ccedil;&otilde;es

No tour dos desfiles <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/fashion-week/dior-apresenta-colecao-cruise-24-na-cidade-do-mexico">Cruise 2023/24</a>, Cidade do M&eacute;xico, Los Angeles, Seul e Isola Bella, que pertence ao arquip&eacute;lago das Ilhas Borromeu, na It&aacute;lia, viraram destinos culturais e cen&aacute;rios para <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/fashion-week/dior-apresenta-colecao-cruise-24-na-cidade-do-mexico">Dior</a>, <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/fashion-week/chanel-cruise-2023-24-los-angeles">Chanel</a>, Gucci e <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/louis-vuitton-cruise-24">Louis Vuitton</a>. Nas cole&ccedil;&otilde;es, elementos esportivos dialogam com cenas street, refer&ecirc;ncias &agrave;s culturas locais aparecem dilu&iacute;das na est&eacute;tica fashion, em sintonia com as tem&aacute;ticas idealizadas pelos designers.

Foto: Divulgação

&ldquo;Entre uma homenagem ao glamour das grandes estrelas do cinema e a evoca&ccedil;&atilde;o do mundo da divers&atilde;o com aer&oacute;bica, esportes e patina&ccedil;&atilde;o, entre o sonho de um lado e o que voc&ecirc; quer vestir do outro, &eacute; tudo uma quest&atilde;o de equil&iacute;brio&rdquo;, diz Virginie Viard, diretora criativa da Chanel sobre o desfile Cruise 2023/24. O show teve passarela em formato de quadra de esportes montada nos est&uacute;dios da Paramount, em Los Angeles, cen&aacute;rio que entrega a &ecirc;nfase da cole&ccedil;&atilde;o: glamour das grandes estrelas do cinema e esporte no ritmo da cidade ensolarada. Visual pin&ccedil;ado dos patins, bermuda ampla inspirada no basquete e mai&ocirc; cavado trazido da aer&oacute;bica &ndash; algu&eacute;m pensou nas aulas com Jane Fonda? &ndash; tamb&eacute;m fazem ponte com esportes e lifestyle. Brilhos surgiram com intensidade em nuances invocando o p&ocirc;r do sol da Calif&oacute;rnia em roupas e acess&oacute;rios &ndash; &oacute;timos os saltos iluminados multicoloridos, lembrando t&ecirc;nis com luzes no solado. O rosa, em tons do mais clarinho ao pink, coloriu boa parte da cole&ccedil;&atilde;o, trazendo &agrave; mente Barbie, previsto para estrear em julho com Margot Robbie no papel principal. Refer&ecirc;ncias &agrave;s d&eacute;cadas de 1920, 30 e 70 se dilu&iacute;ram nos looks. &ldquo;A ideia foi oferecer uma lufada de ar fresco, uma viagem, uma fantasia alegre&rdquo;, resumiu Virginie Viard no texto sobre o desfile.

Dior

A Christian Dior ocupou os jardins do Antiguo Colegio de San Ildefonso, na Cidade do M&eacute;xico, para mostrar sua cole&ccedil;&atilde;o Cruise 2023/24. Foi nesse espa&ccedil;o, inclusive, que Frida Kahlo conheceu Diego Rivera, sua paix&atilde;o eterna. Refer&ecirc;ncias &agrave; artista mexicana que transcendeu seu corpo atrav&eacute;s de sua arte e suas roupas &ndash; se tornaram representa&ccedil;&atilde;o, proclama&ccedil;&atilde;o, protesto e afirma&ccedil;&atilde;o &ndash; norteiam boa parte da cole&ccedil;&atilde;o. O universo de Frida d&aacute; o tom com a mistura entre masculino &ndash; aos 19 anos a artista adorava usar terno de tr&ecirc;s pe&ccedil;as &ndash; e feminino, com destaque para o visual tehuana. Saias rodadas foram usadas com uma t&uacute;nica tradicional chamada huipil, que ganham um certo twist franc&ecirc;s. Maria Grazia tamb&eacute;m se baseou na iconografia e simbolismo das mariposas e borboletas, com base em um esbo&ccedil;o de Andr&eacute;e Brossin de M&eacute;r&eacute; dos arquivos da Dior, e que aparecem, ainda, no trabalho da artista mexicana. Para ela, eram s&iacute;mbolo de liberdade e possibilidades; especialmente linkadas com os problemas f&iacute;sicos que limitaram seus movimentos e s&atilde;o retratados fortemente no seu trabalho. Na cole&ccedil;&atilde;o, elas surgiram revistas em acess&oacute;rios, jacquards e bordados remetendo &agrave;s artesanias locais. Um vestido rosa transparente faz refer&ecirc;ncia a um dos autorretratos mais preciosos de Frida. Ao final, 20 vestidos em toile branco dos arquivos da casa ocuparam o espa&ccedil;o com bordados em vermelho feitos por um grupo de mulheres mexicanas como parte da performance A Coraz&oacute;n Abierto, da artista feminista Elina Chauvet. (colaborou Eduardo Viveiros)

Gucci

J&aacute; a Gucci foi para Seul, fortalecendo uma conex&atilde;o que come&ccedil;ou h&aacute; 25 anos, quando a grife abriu sua primeira loja na cidade, em 1998. Pela primeira vez um desfile de moda ocupou o p&aacute;tio cerimonial do Pal&aacute;cio Gyeongbokgung, do s&eacute;culo 14. Com o horizonte futurista da capital em perspectiva, a vis&atilde;o era a de atmosferas de ontem e de amanh&atilde; conectadas pelo show, que teve m&uacute;sica com pe&ccedil;as do compositor sul-coreano Jung Jae-il, que comp&ocirc;s a trilha sonora do filme Parasita. Entre os dois opostos, a marca italiana olhou para o presente, atrav&eacute;s do visual das ruas da capital, misturando casual, esportivo e fashion. Juntando tudo, silhuetas evocaram o trabalho da grife no fim dos anos 1990 e paleta de cores dos anos 2010. O streetwear burgu&ecirc;s &ndash; o terninho de saia boucl&eacute;, a blusa de seda, o salto kitten heel &ndash; combina com roupas esportivas, como as pe&ccedil;as de mergulho usadas pelos fervorosos praticantes de windsurf e de jet-ski do rio Han, ou as vestimentas do skate. No rol de boas sacadas, mangas remov&iacute;veis tornamse acess&oacute;rios, z&iacute;peres permitem que as cal&ccedil;as se expandam. A jaqueta bomber se transforma em uma saia de noite e a jaqueta biker se alonga em um casaco. Linhas esculturais aparecem em vestidos evas&ecirc; de diversos estilos, como os com faixas de seda com la&ccedil;os, por exemplo, inspirados nas vestimentas tradicionais coreanas. Motivos biom&oacute;rficos hipersensoriais, do artista sul-coreano Ram Han, decoram a cole&ccedil;&atilde;o.

Louis Vuitton

Isola Bella, uma das ilhas mais encantadoras do Lago Maggiore, na It&aacute;lia, foi o cen&aacute;rio escolhido pelo diretor criativo Nicolas Ghesqui&egrave;re para o desfile Cruise 2024 da Louis Vuitton. O show aconteceu nos jardins do Pal&aacute;cio Borromeo, cen&aacute;rio perfeito para a constru&ccedil;&atilde;o de um universo imag&eacute;tico misturando figuras m&iacute;ticas, criaturas subaqu&aacute;ticas que chegam &agrave; superf&iacute;cie, esportes na &aacute;gua e materiais que remetem a um passado aristocr&aacute;tico em 50 looks. Na cole&ccedil;&atilde;o, h&iacute;bridos de alfaiataria e roupa de mergulho ganharam detalhes, como golas inspiradas em guelras e nadadeiras de peixes. Texturas, estampas e modelagens tamb&eacute;m fazem link com os habitantes do mundo submerso. Fios pendentes das mangas lembram arraias, enquanto saias cobertas de paet&ecirc;s flat em tamanhos diferentes remetem a escamas. Na segunda parte do desfile, constru&ccedil;&otilde;es drapeadas em moulage recordam t&uacute;nicas romanas, enquanto babados lev&iacute;ssimos fazem conex&atilde;o com uma paisagem on&iacute;rica povoada por fauna e flora marinhas. O contraste fica por conta de padronagens de tape&ccedil;aria com aspecto antiguinho, que aparecem em matelassados estruturados, paetizados e bordados. A modelagem &eacute; quase sempre org&acirc;nica, estruturada e com volume. Para fechar, a bela sequ&ecirc;ncia final de vestidos de festa sintetiza o encontro dos dois mundos.&nbsp;

DA ESQUERDA PARA DIREITA, DE CIMA PARA BAIXO: © GUCCI / DIVULGAÇÃO. © YANNIS VLAMOS / DIOR / DIVULGAÇÃO. © CHANEL / DIVULGAÇÃO. © LOUIS VUITTON / DIVULGAÇÃO

Dior, Chanel, Gucci e Louis Vuitton em seu Cruise 23/24

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