Em entrevista exclusiva para a L'Officiel Brasil, Gabi Melim abriu o cora&ccedil;&atilde;o e compartilhou seu desejo para 2024: "Quero fazer um &aacute;lbum que eu me sinta feliz"

Aos 29 anos de idade e mais de 14 anos de carreira musical, Gabi Melim, que recentemente anuncionou o fim da banda com seus irm&atilde;os Rodrigo e Diogo, conversou com exclusividade com a L'Officiel Brasil e contou tudo sobre a sua rela&ccedil;&atilde;o com a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/mariah-carey-quebra-novo-recorde-com-musica-de-natal">m&uacute;sica</a>, moda e sa&uacute;de mental.
A artista, que h&aacute; 8 anos alcan&ccedil;a o topo das paradas de sucesso nas r&aacute;dios e nas plataformas de streaming com a banda <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/melim-sobre-termino-da-banda-e-momento-de-tentar-novas-coisas">Melim</a>, ir&aacute; al&ccedil;ar v&ocirc;o solo em 2024 e se descobrir novamente na pr&oacute;pria arte. "Quero fazer um &aacute;lbum honesto que me realize, e se por consequ&ecirc;ncia as pessoas gostarem melhor ainda", disse. Confira, a seguir, a entrevista completa.

L'OFFICIEL: Qual o real significado da m&uacute;sica na sua vida?
GABI MELIM: M&uacute;sica &eacute; meu mundo, minha raz&atilde;o pra estar aqui. J&aacute; me perdi na m&uacute;sica e me encontrei v&aacute;rias vezes. Hoje o que eu mais busco &eacute; me divertir mais com ela. Quando ela se torna trabalho temos a tend&ecirc;ncia de levar muito a s&eacute;rio a ponto do perfeccionismo travar a fluidez. Ent&atilde;o tenho buscado me satisfazer mais nos processos como sempre lidei quando comecei.
L'O: Estar no palco &eacute; algo natural ou voc&ecirc; teve que aprender a lidar com a timidez? 
GM: Eu sempre fui muito t&iacute;mida, mas amava cantar e comecei profissionalmente aos 15. Fiz muitos palcos, bares e rodas de samba. Dava frio na barriga mas eu enfrentava, dizem que coragem &eacute; ir com medo, n&eacute;? Mas n&atilde;o enxergo a timidez e a naturalidade como antagonistas. Intuitivamente eu sabia que tinha que estar no palco, que mesmo que fosse um desafio, ali era um lugar que eu me sentia realizada.

L'O: Como voc&ecirc; enxerga a Gabi do come&ccedil;o de Melim para a Gabi de agora? 
GM: A Gabi do come&ccedil;o era mais ing&ecirc;nua, mais l&uacute;dica, sonhadora e vivia mais no futuro. Agora eu tenho os p&eacute;s mais firmes no ch&atilde;o, e enxergo as coisas com mais lucidez e vivo mais o agora.
L'O: Quais os caminhos pretende seguir na m&uacute;sica daqui pra frente? 
GM: Eu j&aacute; t&ocirc; compondo as m&uacute;sicas pro meu disco solo, quero trazer brasilidade, de uma forma moderna mas sem perder a ess&ecirc;ncia da <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/gal-costa-e-eleita-uma-das-maiores-cantoras-da-historia-veja-lista">MPB</a>, o viol&atilde;o bem presente, e melodias e letras contemplativas. Eu gosto de deixar minha for&ccedil;a intuitiva protagonizar. Quero fazer um &aacute;lbum honesto que me realize, e se por consequ&ecirc;ncia as pessoas gostarem melhor ainda.

L'O: La&ccedil;o, luva, babado e strass s&atilde;o itens marcantes nas suas produ&ccedil;&otilde;es. Como voc&ecirc; classifica o seu estilo atualmente? 
GM: Adorei a an&aacute;lise (risos). Eu gosto de roupas com movimento, com personalidade, no palco me sinto uma passarinha quando a roupa dan&ccedil;a nos movimentos. &Eacute; louco pensar que no in&iacute;cio da carreira eu n&atilde;o tinha tanta intera&ccedil;&atilde;o com moda e hoje eu amo. Moda &eacute; arte, ela desempenha um papel est&eacute;tico visual que &eacute; muito importante numa performance, &eacute; a cereja do bolo.
L'O: De que forma a sua rela&ccedil;&atilde;o com a moda foi constru&iacute;da? 
GM: Ao longo da carreira eu fui experimentando e vendo o efeito est&eacute;tico que a moda trazia para as performances e v&iacute;deos, fui entendendo o poder dessa arte e gostando cada vez mais.

L'O: Tem algum ritual de beleza que voc&ecirc; n&atilde;o abre m&atilde;o para se sentir bem no dia a dia? 
GM: Eu nunca durmo de maquiagem. Posso estar exausta, bebinha, do jeito que for, eu sempre tiro a maquiagem. &Eacute; o momento da pele descansar. E sempre uso filtro solar no rosto. J&aacute; estou com minha dermato Dr. B&aacute;rbara h&aacute; alguns anos, e na primeira consulta ela me disse: &ldquo;N&atilde;o adianta fazer o melhor procedimento de pele se n&atilde;o beber &aacute;gua e usar filtro solar&rdquo;.
L'O: Quais atitudes e h&aacute;bitos voc&ecirc; tem adotado para lidar melhor com a sua ansiedade? 
GM: A ansiedade &eacute; uma quest&atilde;o qu&iacute;mica, tenho desde crian&ccedil;a. Eu fa&ccedil;o terapia uma vez por semana, fa&ccedil;o exerc&iacute;cio, busco dormir bem e me alimentar melhor. Sempre que essa balan&ccedil;a se desequilibra minha ansiedade fica mais latente. &Eacute; um desafio di&aacute;rio, ainda mas porque eu tenho TDAH. Tomei rem&eacute;dio por um tempo e depois o m&eacute;dico mudou pra algo mais natural que &eacute; o &oacute;leo de CBD, ele tem efeito calmante e tem ajudado tamb&eacute;m. Tento viver mais o presente, a vida real e fico ausente das redes sociais quando sinto necessidade.

L'O: Qual a m&uacute;sica que n&atilde;o sai do seu top 10 do Spotify? 
GM: Eu sou bem ecl&eacute;tica e gosto de ouvir de tudo, depende muito do que eu esteja fazendo. Ultimamente eu tenho escutado muito Caetano e minha m&uacute;sica preferida dele &eacute; "Sampa".
L'O: O que voc&ecirc; acredita que ser&aacute; o seu maior desfio na carreira solo? 
GM: Acho que o maior desafio da carreira &eacute; o emocional, a auto cobran&ccedil;a, estar segura e confiante com as mudan&ccedil;as. Entender que &eacute; um recome&ccedil;o e n&atilde;o me cobrar de uma forma t&oacute;xica. Apesar de ter come&ccedil;ado muito nova e solo, venho agora de muito tempo de banda, ent&atilde;o voltar a pensar como indiv&iacute;duo e n&atilde;o como grupo &eacute; um desafio tamb&eacute;m. Quero fazer um &aacute;lbum que eu me sinta feliz, que consiga atravessar o emocional das pessoas de alguma forma e que eu consiga dar o meu melhor art&iacute;stico, isso acaba sendo um desafio tamb&eacute;m.

L'O: Como voc&ecirc; lida com as redes sociais? J&aacute; sofreu com a exposi&ccedil;&atilde;o e teve que adaptar o seu conte&uacute;do? 
GM: Eu busco um equil&iacute;brio, n&atilde;o gosto de viver tanto online ao ponto de me distanciar da minha realidade. Hoje em dia, as redes ajudam a aproximar a galera que curte meu som, mas em contraponto quando eu fico muito imersa nas redes aumenta a minha ansiedade, porque s&atilde;o plataformas constru&iacute;das com pequenas recompensas de serotonina r&aacute;pida, como likes e n&uacute;meros, e se a gente n&atilde;o se atentar acaba se distanciando do que a gente &eacute;, pra receber a aceita&ccedil;&atilde;o do outro. J&aacute; sofri hate, mas isso n&atilde;o mudou a minha verdade. Na maioria das vezes, procuro n&atilde;o gastar energia respondendo essas pessoas.
L'O: Voc&ecirc; &eacute; uma pessoa que acorda de bom-humor? 
GM: Depende do dia, no geral eu costumo acordar de bom humor sim. S&oacute; quando n&atilde;o tenho tempo de dormir, quando estou muito cansada e tenho que acordar muito cedo.

L'O: Em momentos de bad, voc&ecirc; prefere ficar sozinha ou rodeada de pessoas?
GM: Na maioria das vezes eu gosto de ficar na minha e poder conversar com algu&eacute;m que eu confio. Acho que uma segunda opini&atilde;o sempre vai nos dar uma outra perspectiva do problema em si.

Gabi Melim fala sobre carreira solo, saúde mental e moda

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