Conhecida como "Síndrome da Boazinha", a vontade de agradar pode ser uma característica perigosa para a saúde mental. Explicamos aqui! 

Estar sempre disposto a ajudar as pessoas, nunca dizer &quot;n&atilde;o&quot;, pensar nos outros em primeiro lugar. Aos olhos da sociedade, todas essas atitudes parecem louv&aacute;veis e exemplos a serem seguidos. Mas qual &eacute; o limite da bondade?

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A necessidade compulsiva de agradar os outros tem nome: &quot;S&iacute;ndrome da Boazinha&quot;. O termo foi cunhado pela doutora em <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/jardinagem-como-terapia">psicologia</a> Harriet B. Braiker em livro hom&ocirc;nimo. Esse comportamento pode ser prejudicial a partir do momento que gera uma preocupa&ccedil;&atilde;o excessiva em corresponder &agrave;s expectativas dos outros, negligenciando as pr&oacute;prias vontades e necessidades.

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Quem apresenta essa caracter&iacute;stica, muitas vezes, n&atilde;o consegue dizer n&atilde;o. Por&eacute;m, a consequ&ecirc;ncia de estar sempre com foco no desejo do pr&oacute;ximo &eacute; que essa pessoa acaba passando por cima das suas <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/10-passos-mente-sa">necessidades</a>, por vezes se desgastando demais ou agindo, contra seus pr&oacute;prios interesses. &Eacute; uma incapacidade de colocar limite no outro, e uma hiperdisponibilidade patol&oacute;gica.

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As causas, normalmente, v&ecirc;m de algumas aus&ecirc;ncias durante a inf&acirc;ncia. Pode ser falta de afeto, cuidado e amor. O que faz com que essa pessoa, na vida adulta, queira &lsquo;comprar&rsquo; o amor do outro, Esse v&iacute;cio em aprova&ccedil;&atilde;o &eacute; baseado em um medo permanente da possibilidade de ser rejeitada, abandonada ou de que o outro possa n&atilde;o gostar de voc&ecirc;.&nbsp;

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A &quot;S&iacute;ndrome da Boazinha&quot; se estende para os diversos &acirc;mbitos, podendo afetar a vida pessoal, social, amorosa e profissional. &Agrave;s vezes, essas pessoas podem chegar a sentir sintomas f&iacute;sicos ao encarar uma situa&ccedil;&atilde;o de enfretamento ou precisar dizer n&atilde;o, tais como taquicardia, gaguejo, sudorese e falta de ar.

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Entre os sinais da s&iacute;ndrome est&atilde;o: o medo de desagradar e, com isso, ser rejeitada ou abandonada; dificuldade em dizer n&atilde;o; desgaste f&iacute;sico, mental e emocional devido ao ac&uacute;mulo de compromissos e tarefas; necessidade constante de aprova&ccedil;&atilde;o; postura de n&atilde;o enfretamento; dificuldade em fazer cr&iacute;ticas (mesmo as construtivas); omiss&atilde;o frente &agrave;s injusti&ccedil;as.

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Para quem se enxerga assim, existem dicas para mudar esse padr&atilde;o de comportamento. Coloque-se no foco da narrativa: uma das maneiras de come&ccedil;ar a praticar dizer n&atilde;o com mais assertividade &eacute; falar sobre voc&ecirc; e n&atilde;o sobre o outro, seja ele uma pessoa, um evento ou uma tarefa. Por exemplo: &ldquo;eu n&atilde;o me sinto confort&aacute;vel para ir &agrave; festa&rdquo;, &ldquo;eu n&atilde;o estou com tempo h&aacute;bil para terminar o projeto hoje&rdquo;. Dessa forma, o seu posicionamento n&atilde;o &eacute; interpretado como uma cr&iacute;tica, mas como uma maneira delicada de expor a sua situa&ccedil;&atilde;o, sempre em primeira pessoa.

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Express&atilde;o comum hoje em dia que representa em parte esse fen&ocirc;meno &eacute; do &lsquo;people pleaser&rsquo; ou agradador, que &eacute; diferente da pessoa &ldquo;gentil&rdquo; que muitas vezes vem de uma baixa autoestima e passividade, em um desejo de ser notado, onde muitas vezes o agradar vai at&eacute; mais para aquele que rejeita, ou que a pessoa v&ecirc; como &ldquo;mais&rdquo;. Uma esp&eacute;cie de valoriza&ccedil;&atilde;o justamente de quem a pessoa recebe menos aten&ccedil;&atilde;o, por exemplo.

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De qualquer forma &eacute; uma postura diante da vida e dos outros que gera sofrimento, ou uma vincula&ccedil;&atilde;o superficial. 
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A psic&oacute;loga Daniela Faertes &eacute; formada pela Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), &eacute; especialista em terapia cognitiva e mudan&ccedil;a de comportamentos prejudiciais. Atualmente, &eacute; Diretora do Espa&ccedil;o Ciclo no Rio Janeiro, palestrante e supervisora cl&iacute;nica e de Grupos de Estudo em Terapia Cognitivo. Ela colabora com a L&#39;Officiel Brasil com seu olhar no universo de wellness e sa&uacute;de mental feminina.

Difícil dizer "não"? Saiba mais sobre a compulsão por agradar

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