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        <p><em>Import&acirc;ncia e cultura do Xingu s&atilde;o celebradas em mostra, com foco em produ&ccedil;&otilde;es audiovisuais produzidas pelos seus habitantes.</em></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span>Primeiro territ&oacute;rio nativo homologado pelo <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/faixa-presidencial-confira-sua-historia-e-curiosidades">governo brasileiro</a>, o Parque Ind&iacute;gena do Xingu completou 60 anos em 2021. Agora, em meio &agrave; luta pelo direito da demarca&ccedil;&atilde;o de outras reservas pelo pa&iacute;s, a sua hist&oacute;ria ganha exposi&ccedil;&atilde;o especial no Instituto Moreira Salles, em S&atilde;o Paulo.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Desenvolvida por dois anos, </span><span>Xingu: contatos</span><span>, re&uacute;ne 200 itens para uma imers&atilde;o que discorre sobre os <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/uma-luta-todo-dia">povos e a cultura</a> daquela &aacute;rea &mdash; com a vantagem de n&atilde;o focar em uma vis&atilde;o estrangeira, antropol&oacute;gica ou aculturante sobre eles. Mais do que instant&acirc;neos hist&oacute;ricos de expedi&ccedil;&otilde;es pelas terras do Xingu, a mostra se prop&otilde;e a dar espa&ccedil;o e voz &agrave; <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/fashion-week/casa-de-criadores-nalimo-da-voz-ao-seu-povo">produ&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena contempor&acirc;nea</a>, especialmente audiovisual.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Seis curta-metragens foram produzidos especialmente para integrar o conjunto da curadoria, mostrando o poder do uso do cinema pelos povos nativos para registro das suas narrativas com um olhar pr&oacute;prio e preserva&ccedil;&atilde;o de tradi&ccedil;&otilde;es &mdash; al&eacute;m de ferramentas de ativismo e den&uacute;ncia &mdash; desde os anos 1990. O xavante Divino Tserewah&uacute;, nome pioneiro da produ&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena nacional, reflete sobre essa import&acirc;ncia com </span><span>Somos cineastas</span><span>; enquanto Pirat&aacute; Waur&aacute;, da etnia Waur&aacute;, memorializa sobre a gruta de Kamukuwak&aacute;, local sagrado que ficou de fora dos limites da demarca&ccedil;&atilde;o. Kamikia Kis&ecirc;dj&ecirc;, Kamatxi Ikpeng, Kuj&atilde;esage Kaiabi, Takum&atilde; Kuikuro e o Coletivo Kuikuro de&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Cinema completam a lista dos realizadores em destaque por ali.</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span>A hist&oacute;ria do Xingu tem seu quinh&atilde;o &agrave; parte, sendo contada em paralelos que mesclam a vis&atilde;o perspectiva das expedi&ccedil;&otilde;es brancas com registros nativos. Das primeiras imagens da regi&atilde;o, feitas pelo etn&oacute;logo alem&atilde;o Karl von Den Steinen no s&eacute;culo 19, &agrave;s fotografias produzidas recentemente por Kamikia Kis&ecirc;dj&ecirc;. Apesar da hist&oacute;ria da demarca&ccedil;&atilde;o da reserva, na perspectiva branca, ser muito ligada a Darcy Ribeiro e aos irm&atilde;os Villas-B&ocirc;as, a mostra no IMS d&aacute; nome e rosto &agrave;s lideran&ccedil;as essenciais dali, como o cacique Prepori Kaiabi, em&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">uma s&eacute;rie de retratos.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Encontros entre xinguanos e forasteiros s&atilde;o descritos pela&nbsp;</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">vis&atilde;o dos primeiros, em movimento de interroga&ccedil;&atilde;o das narrativas sobre esses momentos, tornadas hist&oacute;ria oficial pela cultura n&atilde;o ind&iacute;gena. O artista pl&aacute;stico Denilson Baniwa participa com obra que coloca em xeque, atrav&eacute;s de reportagens da revista </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">O Cruzeiro</span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">, a vis&atilde;o da imprensa sobre as culturas ind&iacute;genas. Em movimento de contato contr&aacute;rio, imagens relembram a participa&ccedil;&atilde;o de importantes lideran&ccedil;as do Xingu &mdash; como o cacique Raoni &mdash; nos debates sobre a Constitui&ccedil;&atilde;o Brasileira, em 1987. E mostram como aquela &aacute;rea &eacute; s&iacute;mbolo de resist&ecirc;ncia dentro de um esfor&ccedil;o pela valida&ccedil;&atilde;o e preserva&ccedil;&atilde;o das terras origin&aacute;rias, que segue at&eacute; hoje.</span></p>
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Xingu: história ganha exposição no Instituto Moreira Salles

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