Christy Turlington &eacute; umas das supermodelos mais ic&ocirc;nicas, sendo o rosto do perfume "Eternity", de Calvin Klein, desde 1988

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/naomi-campbell-e-christy-turlington-revelam-quem-sao-suas-tops-favoritas-da-nova-geracao">Christy Turlington</a> acumulou diversos adjetivos em sua carreira. Seja por sua beleza em diversas campanhas de moda e passarela das principais grifes, ou por se engajar em boas causas, em especial, &agrave;quelas relacionadas &agrave; sa&uacute;de materna. Al&eacute;m disso, ajudou n&atilde;o somente a definir o conceito de "supermodelo", como tamb&eacute;m o visual dos <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/beleza/maquiagem-inspirada-nos-anos-80-volta-com-tudo-nesta-temporada">anos 80</a> e 90.&nbsp;
Tanto que, em 1998, Chirsty estrelou em sua primeira campanha para o perfume Eternity, de Calvin Klein, ao lado do marido, Ed Burns, em uma das imagens mais emblem&aacute;ticas da d&eacute;cada. Desde ent&atilde;o, cultiva uma parceria de sucesso com a marca norte-americana. L'Officiel Brasil conversou com a modelo sobre carreira e vida, e abaixo voc&ecirc; confere na &iacute;ntegra o bate-papo.

Christy Turlington (Foto: Calvin Klein)

L'Officiel Brasil - Voc&ecirc; estrelou como rosto do Eternity da Calvin Klein em 1998, uma fragr&acirc;ncia de fato eterna. Como &eacute; a sua parceria com a marca e o que Eternity significa para voc&ecirc;?&nbsp;&nbsp;&nbsp;
Christy Turlington - Houve um per&iacute;odo muito curto em que eu n&atilde;o trabalhei para a marca. Mas, desde o in&iacute;cio, eu acho que a inten&ccedil;&atilde;o era realmente criar uma fragr&acirc;ncia ic&ocirc;nica e eles foram capazes de conseguir isso logo de cara. E fazer parte do lan&ccedil;amento e depois estar envolvida, ao longo dos anos, at&eacute; agora, &eacute; incr&iacute;vel. Acho que n&atilde;o h&aacute; tantos tipos de exemplos de sucesso como esse assim por a&iacute;, penso que &eacute; uma situa&ccedil;&atilde;o bem rara, ent&atilde;o &eacute; &oacute;timo, e &eacute; t&atilde;o moderno e cl&aacute;ssico como sempre foi.

(Foto: Calvin Klein)

LB - E voc&ecirc; acha que h&aacute; alguma diferen&ccedil;a da primeira vez que come&ccedil;ou a fazer a campanha?
CT - Sim, mas eu diria um tipo natural de evolu&ccedil;&atilde;o. Os primeiros tipos de imagens invocavam, obviamente, um amor duradouro, como o oceano e a praia e essa ideia de "para sempre". E isso sempre esteve l&aacute; e acho que tem sido consistente o tempo todo. Mas penso que o que tem realmente de diferen&ccedil;a &eacute; como o perfume evoluiu tamb&eacute;m. E esse aroma intenso de Eternity &eacute;, voc&ecirc; sabe, &eacute; o tipo de fragr&acirc;ncia agora. Essa campanha captura que &eacute; um pouco mais intenso, e h&aacute; algum aspecto l&uacute;dico. Mas tamb&eacute;m h&aacute; esse lado s&eacute;rio e apaixonado.
LB - Em rela&ccedil;&atilde;o a rituais, voc&ecirc; possui algum com foco em beleza ou bem-estar?
CT - Eu realmente n&atilde;o tenho muitos rituais de beleza, mas acho que eles s&atilde;o meio que combinados. Eu realmente n&atilde;o separo beleza e bem-estar. A Yoga &eacute; uma pr&aacute;tica que tenho h&aacute; muitos anos. Provavelmente desde a mesma &eacute;poca em que comecei a trabalhar para o perfume Eternity, mas descobri a yoga cedo o suficiente em minha carreira que sempre foi algo que foi muito fundamentado e meio que me d&aacute; aquele bem-estar hol&iacute;stico que acho t&atilde;o exclusivo da yoga. Paz de esp&iacute;rito e calma. &Eacute; um exerc&iacute;cio muito saud&aacute;vel e h&aacute; tamb&eacute;m uma esp&eacute;cie de elemento espiritual.&nbsp;
Ent&atilde;o eu acho que &eacute; por isso que &eacute; algo que continua a me manter aprendendo e continua a me fazer sentir saud&aacute;vel e bem, e mesmo em tempos estressantes e intensos no mundo. Eu tenho essa pr&aacute;tica para fazer. Esse &eacute; o meu ritual de bem-estar. Esse &eacute; provavelmente o mais consistente e o que eu mais recomendaria para quem procura uma pr&aacute;tica.

LB - Quais foram as principais diferen&ccedil;as que voc&ecirc; observou na ind&uacute;stria da moda desde quando come&ccedil;ou sua carreira at&eacute; agora?
CT - Para mim, especialmente em algo como esse tipo de campanha, n&atilde;o vejo tantas mudan&ccedil;as que acho que provavelmente elas est&atilde;o l&aacute; para outras pessoas que trabalham com isso diariamente. Eu acho que a maior mudan&ccedil;a realmente seria a mudan&ccedil;a para o mundo digital.
Isso certamente n&atilde;o era o caso quando eu comecei e tem havido uma evolu&ccedil;&atilde;o, e acho que agora h&aacute; uma esp&eacute;cie de retorno ao anal&oacute;gico. Voc&ecirc; sabe, quando eu trabalho com fot&oacute;grafos hoje, h&aacute; muitas pessoas que est&atilde;o usando filme novamente e &eacute; um retorno t&atilde;o bom como apenas o som da c&acirc;mera e n&atilde;o ter voc&ecirc; sabe, uma tela grande e todos focados no tela versus estar focado no que voc&ecirc; est&aacute; realmente criando.&nbsp;

LB - E por falar em redes sociais, elas desempenham um grande papel em todo o setor. Como voc&ecirc; descreveria sua rela&ccedil;&atilde;o com o Instagram, Twitter ou at&eacute; mesmo TikTok?
CT - TikTok n&atilde;o estou t&atilde;o familiarizada, embora eu tenha alguns amigos que estejam. Eles me dizem que aprendem coisas o tempo todo, como pequenos truques de vida. Ent&atilde;o parece ser &uacute;til para algumas pessoas. Para outras pessoas, acho que pode ser prejudicial. Acredito que algumas crian&ccedil;as realmente n&atilde;o conseguem lidar com isso e os apps est&atilde;o em suas telas mais do que deveriam.&nbsp;
Quando surgiu, minha filha meio que se interessou um pouco com a dan&ccedil;a e a coreografia, e eu &agrave;s vezes estava no fundo, nem mesmo ciente do que estava acontecendo. Eu tive essa experi&ecirc;ncia. N&atilde;o sou uma f&atilde;. Eu sinto que o consentimento &eacute; importante, n&atilde;o importa o que voc&ecirc; est&aacute; falando. Mas ela enjoou r&aacute;pido. Ela meio que queria saber como era e ent&atilde;o desligou. Eu gostaria de n&atilde;o ter tantas redes socias na minha vida porque eu acho que isso acaba com o tempo extra que voc&ecirc; tem. Mas tamb&eacute;m sei que tenho disciplina para ter regulamenta&ccedil;&atilde;o em torno disso.
Sinto que como adulta tenho capacidade para fazer isso e minha filha, mesmo com 18 anos, &eacute; muito disciplinada. Ela n&atilde;o fica com o celular sempre na m&atilde;o e tira os aplicativos, s&oacute; os adiciona quando quer publicar uma imagem ou se tem curiosidade sobre algo em particular. E ent&atilde;o eu meio que aprendi com ela, acho que ela aprendeu comigo. Mas, eu n&atilde;o sou uma grande f&atilde; de tecnologia de qualquer maneira. Eu fa&ccedil;o o m&iacute;nimo para saber do que as pessoas est&atilde;o falando, mas n&atilde;o &eacute; onde eu quero gastar meu tempo e minha energia.

LB - Voc&ecirc; tamb&eacute;m &eacute; fundadora e presidente da Every Mother Counts. Voc&ecirc; poderia nos dizer poderia me dizer como o dia come&ccedil;ou a come&ccedil;ar? Como voc&ecirc; come&ccedil;ou?
CT - Sim, eu comecei a organiza&ccedil;&atilde;o em 2010 e comecei inicialmente para aumentar a conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre a mortalidade materna global. E o motivo pelo qual me interessei por esse assunto foi porque tive uma complica&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-parto quando tive meu primeiro filho, o que abriu uma porta que eu realmente n&atilde;o fazia ideia de que era um problema t&atilde;o grande e global. E ent&atilde;o eu acho que a experi&ecirc;ncia pessoal e, em seguida, aprender as estat&iacute;sticas impressionantes de que centenas de milhares de meninas e mulheres morrem todos os anos de complica&ccedil;&otilde;es relacionadas &agrave; gravidez ou parto, e que na maioria das vezes n&atilde;o s&atilde;o evit&aacute;veis. N&atilde;o h&aacute; muitas raz&otilde;es para isso estar acontecendo.&nbsp;
E ent&atilde;o acho que sabendo disso, decidi que realmente queria dedicar minha vida a descobrir e tentar criar mais solu&ccedil;&otilde;es para ajudar a preparar melhor as pessoas para a experi&ecirc;ncia e tamb&eacute;m ajudar a treinar mais provedores e investir em solu&ccedil;&otilde;es baseadas na comunidade. E isso &eacute; realmente o que fazemos. Somos uma campanha para realmente defender a melhoria do acesso &agrave; maternidade de qualidade, respeitosa e equitativa. E isso &eacute; um pouco diferente em cada um dos pa&iacute;ses onde trabalhamos. Mas realmente est&aacute; muito focado na sa&uacute;de como um direito humano e as mulheres t&ecirc;m a informa&ccedil;&atilde;o e o apoio de que precisam para entrar na gravidez com seguran&ccedil;a e tamb&eacute;m passar por ela com seguran&ccedil;a, o que exige mais conscientiza&ccedil;&atilde;o, com certeza, mas tamb&eacute;m mais valoriza&ccedil;&atilde;o e respeito pelo pr&oacute;prio papel.

Christy Turlington revela não ser fã de redes sociais

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