Apesar de parecer uma for&ccedil;a de express&atilde;o, o exerc&iacute;cio mais eficaz para o aux&iacute;lio no tratamento da ansiedade cr&ocirc;nica &eacute; a corrida

<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/beleza/isabel-hickmann-conta-como-transformou-seu-corpo-com-a-corrida-vem-saber">Correr</a> parece uma solu&ccedil;&atilde;o um tanto quanto simples para um problema com origens ainda desconhecidas para renomados cientistas. Sim, apesar de ser uma doen&ccedil;a que afeta milh&otilde;es de pessoas no mundo inteiro, a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/mulheres-sao-as-que-mais-sofrem-com-disturbio-de-ansiedade-aponta-estudo">ansiedade</a> possui causas diversas e gatilhos &uacute;nicos para cada pessoa.
"A pandemia de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/quais-exercicios-fisicos-ideais-para-quem-ja-teve-covid-19">Covid-19</a> deixou claro que cada vez mais pessoas precisam receber tratamento de sa&uacute;de mental. Mas um novo relat&oacute;rio da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de, OMS, destaca um &ldquo;cen&aacute;rio decepcionante no mundo&rdquo;, com os pacientes n&atilde;o tendo acesso a um apoio t&atilde;o necess&aacute;rio." Esse trecho foi retirado do site da OMS e destaca o qu&atilde;o dificil o comprometimento com o tratamento e a solu&ccedil;&atilde;o de problemas da sa&uacute;de mental global, ainda s&atilde;o tratadas com descaso.

Um estudo sobre a liga&ccedil;&atilde;o entre a corrida e a melhora do quadro de pacientes com ansiedade est&aacute; sendo estudado e ser&aacute; publicado na edi&ccedil;&atilde;o de janeiro do Journal of Affective Disorders, e cujo texto j&aacute; figura na plataforma online do Science Direct, &eacute; baseado em acompanhamento com 286 pacientes com s&iacute;ndrome de ansiedade. 
&ldquo;Os resultados mostram que seus sintomas de ansiedade foram significativamente aliviados, mesmo quando a ansiedade era uma condi&ccedil;&atilde;o cr&ocirc;nica, em compara&ccedil;&atilde;o com um grupo de controle que recebeu aconselhamento sobre atividade f&iacute;sica de acordo com as recomenda&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de p&uacute;blica. Os tratamentos padr&atilde;o de hoje para a ansiedade s&atilde;o a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e o tratamento farmacol&oacute;gico, mas o estudo mostra que a ado&ccedil;&atilde;o de h&aacute;bitos saud&aacute;veis pode melhorar o tratamento&rdquo;, explica a m&eacute;dica nutr&oacute;loga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
 &ldquo;A atividade f&iacute;sica regular diminui o risco de v&aacute;rios dist&uacute;rbios comuns, inclusive condi&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas, ajudando a trat&aacute;-la&rdquo;, explica o geneticista Dr. Marcelo Sady, P&oacute;s-Doutor em Gen&eacute;tica e diretor geral Multigene.

&nbsp;No estudo, metade dos pacientes conviveu com ansiedade por pelo menos dez anos. A idade m&eacute;dia deles era de 39 anos e 70% eram mulheres. Por meio de sorteio, os participantes foram designados a sess&otilde;es de exerc&iacute;cios em grupo, moderados ou extenuantes, por 12 semanas. "Houve uma tend&ecirc;ncia significativa de intensidade de melhora - isto &eacute;, quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", afirma a m&eacute;dica nutr&oacute;loga. 
A maioria dos indiv&iacute;duos nos grupos de tratamento passou de um n&iacute;vel b&aacute;sico de ansiedade moderada &agrave; alta para um n&iacute;vel de ansiedade baixo ap&oacute;s o programa de 12 semanas. Para aqueles que se exercitaram em intensidade relativamente baixa, a chance de melhora em termos de sintomas de ansiedade aumentou por um fator de 3,62. O fator correspondente para quem se exercitou em maior intensidade foi 4,88. 
Os participantes n&atilde;o tinham conhecimento do treinamento f&iacute;sico ou do aconselhamento que as pessoas fora de seu pr&oacute;prio grupo estavam recebendo. &ldquo;Exercitar o corpo regularmente tamb&eacute;m ajuda o c&eacute;rebro. O exerc&iacute;cio melhora o fluxo sangu&iacute;neo e estimula mudan&ccedil;as qu&iacute;micas no c&eacute;rebro que apuram o humor e o pensamento. A libera&ccedil;&atilde;o de endorfina gera rea&ccedil;&otilde;es de euforia e bem-estar, que tamb&eacute;m ajudam a manter o humor&rdquo;, diz o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, m&eacute;dico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

Os membros do grupo que se exercitavam em um n&iacute;vel moderado deveriam atingir cerca de 60% de sua frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca m&aacute;xima - um grau de esfor&ccedil;o classificado como leve ou moderado. No grupo que treinou mais intensamente, a meta era atingir 75% da frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca m&aacute;xima, e esse grau de esfor&ccedil;o foi percebido como alto.
O estudo enfatiza que os tratamentos para a ansiedade incluem a terapia cognitivo-comportamental e drogas psicotr&oacute;picas, mas esses medicamentos geralmente t&ecirc;m efeitos colaterais, e os pacientes com transtornos de ansiedade frequentemente n&atilde;o respondem ao tratamento m&eacute;dico. &ldquo;Longos tempos de espera pela TCC tamb&eacute;m podem piorar o progn&oacute;stico. Os m&eacute;dicos da aten&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica precisam de tratamentos individualizados, com poucos efeitos colaterais e f&aacute;ceis de prescrever. O modelo envolvendo 12 semanas de treinamento f&iacute;sico, independente da intensidade, representa um tratamento eficaz que deve ser disponibilizado na aten&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica com mais frequ&ecirc;ncia para pessoas com problemas de ansiedade", finaliza a m&eacute;dica nutr&oacute;loga.

Ansiedade, corra! Saiba os benefícios do exercício

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